O projeto personalizado é o mapa do tesouro!

Artigo de autoria de André de Avelar, colaborador da AURESIDE

Essa é a terceira parte da entrevista com o arquiteto Gilson de Carvalho, se você não leu a segunda parte, clique aqui para acessar.

No post anterior tratamos da importância de todos, de ponta-a-ponta, estarem cientes do projeto que está no papel. Essa consciência do que será feito, é primordial para evitar surpresas e prejuízos. 

Na minha experiência com integradores Brasil afora, percebi que investir em estrutura interna para projetar de forma dedicada, é uma das características entre as revendas mais exitosas. A segurança e tranquilidade é bem maior, podendo assim, dedicar energia para o crescimento e aperfeiçoamento da empresa. 

O professor Gilson fez uma analogia bem simples e interessante: “O projeto é como uma lista de supermercado. Se você vai no supermercado sem uma lista, você vai esquecer alguma coisa e vai trazer algo que não precisa. Com o projeto na mão, você vai conseguir especificar, quantificar e orçar. Você vai fazer um planejamento pra entender como aquilo vai ser iniciado, desenvolvido e finalizado. Você vai ter o tempo, um cronograma físico e financeiro. Olha quanta coisa boa! Tudo isso é plano e planejamento. O projeto é um plano, na verdade! Qual é o mapa do tesouro? Imagina você ir buscar o tesouro sem o mapa!” 

Enfatiza que seguir o que foi desenvolvido e planejado é o que fará o seu projeto dar certo. Por isso a importância do projeto estar na frente e ser o norte. É muito difícil entrar com o projeto depois que a obra começa; sem que um estrago já tenha sido feito. 

Além de fazer o projeto, é importante oferecer ao seu cliente uma proposta personalizada, pois é aí que está um dos principais valores do nosso trabalho... “Antigamente a gente queria vender o mesmo produto para todos os clientes. Mas esse não é o caso, hoje em dia. O cliente quer exatamente “esse ponto”, e nós desenvolvemos “esse ponto” pra ele.” 

Então fica a dica: coloque esmero nos seus projetos e faça o mais personalizado possível para as necessidades e rotina dos seus clientes. Isso fará sua empresa percorrer novos níveis em termos de crescimento e valor agregado.


Fazer projeto tem que ser regra na sua empresa

Artigo de autoria de André de Avelar, colaborador da AURESIDE
Essa é a segunda parte da entrevista com o arquiteto Gilson de Carvalho, se você não leu a primeira parte, clique aqui para acessar.

É nítido em nosso mercado a falta de uma cultura em fazer projeto para cada um dos clientes que terão um sistema em casa. Esse esmero, não tem que ser apenas para os “projetos grandes”, e sim todos.

Fazer uma documentação profissional para cada etapa de uma instalação, evita prejuízos e más surpresas, além de ancorar uma imagem profissional à sua empresa.

Sei que existem desafios para tornar isso realidade. O que os integradores mais reclamam, é da dificuldade do cliente final em enxergar e pagar o valor disso e da falta de estrutura para fazer o trabalho corretamente.

Diante dessas questões, o experiente professor e arquiteto, Gilson de Carvalho compartilhou algumas dicas. Acompanhe.

“O projeto é um investimento. Não pode ser um gasto.”

O professor enfatiza que a abordagem, desde o início, tem que ser a de que o projeto será um investimento. E que mesmo o cliente sendo leigo, eles percebem que a documentação é importante.

“Somente dependerá de nós, profissionais, a definição disso. Legalmente já é exigido. Vários questionam: ‘Como é que o pessoal faz?... Como se faz lá na periferia?’ Sim, muitos não fazem, a maioria não faz. Mas mesmo assim é possível, já existe, por exemplo, a lei de assistência técnica para habitação de interesse social. Sem o projeto, como se executa com a técnica e a precisão necessária?”

E quando se faz a instalação de tecnologia, onde tudo tem dimensão exata, a falta de precisão, gera um impacto muito grande. São comuns, os casos em a instalação tem que ser refeita, abrindo brecha para os concorrentes e causando prejuízos para os clientes e sua própria empresa, que fica queimada no mercado.

O professor destaca que o cliente não ter conhecimento é aceitável, pois ele não tem obrigação. Mas as empresas e os profissionais, tem que ser muito assertivos nessa proposta do fazer projeto. E dá algumas dicas:

· Mostre um projeto que você já fez, exemplifique.

· Utilize a tecnologia para mostrar ao cliente. Pode ser no celular, tablet, notebook. Mostrar uma fachada, uma planta, um 3D. E sempre demonstrando a segurança que um projeto trará para a obra.


Lembra também que o projeto é conhecimento. Quando um profissional não interage com os outros setores que tem a ver com o projeto, e muitas vezes, o projeto nem é aberto no canteiro de obras, isso significa um desprezo pelo conhecimento, pela informação. Para que isso não aconteça, ele dá a seguinte dica:

“Antes de começar a obra, coloque todas as pranchas na parede e passe o projeto inteiro. Todo início de obra, eu chamo todos os envolvidos.”

Reforce todos esses pontos em suas próximas vendas. É importante que você pratique com frequência. Com isso, conseguirá agregar cada vez mais valor nos seus projetos.

Como diz o Caio Carneiro: “Você nunca vai ser ótimo, antes de ser frequente.”

A importância do planejamento nos projetos de integração

Artigo de autoria de André de Avelar, colaborador da AURESIDE
Trata-se da primeira parte de uma série de entrevistas com o arquiteto Gilson de Carvalho

Até o ano passado, tive a oportunidade de conversar diariamente com integradores do Brasil inteiro. E fui percebendo que existem muitos erros e prejuízos que poderiam ser evitados, apenas com um melhor planejamento do projeto.

Foi então, que convidei meu professor de desenho técnico e brilhante arquiteto Gilson de Carvalho para um diálogo. Cujo o objetivo era justamente trazer foco para essa questão e reforçar, cada vez mais no mercado, a importância desses documentos que comprovam e garantem a integração de tecnologias, topologias e equipamentos.

O resultado, foi uma brilhante exposição e reunião de dicas que, sem dúvida, vão agregar na sua empresa. E que você poderá obter nessa série de artigos. Aproveite! Pois como diz o Gilson... "o projeto, é o mapa do tesouro!"

"O projeto é importante porque você simula a realidade."

Para começar o assunto, o professor ressalta: "No caso do desenho técnico, espera-se que seja uma ponte para muitas coisas. É como saber ler e escrever. Na nossa profissão; arquitetos, engenheiros, técnicos... o projeto é importante porque você simula a realidade. Simulando, você pode alterá-la e desenvolver isso da melhor forma possível; de modo que no final você terá um produto que servirá de base para tudo."

Não adianta, você fazer um projeto e dizer: '- Agora adaptem'

E algo muito relevante que o professor transmitiu, e que iremos explorar mais à fundo nos próximos artigos, é o processo completo que envolve o planejamento e venda de uma integração de sistemas. Tendo sempre em mente, que o processo, envolve muitas pessoas e setores e que esse planejamento tem que ser integrado: "O processo, tem que iniciar bem! Falar com todos os fornecedores, todos os técnicos... desde o começo! Não adianta, você fazer um projeto e dizer: '- Agora adaptem'. Isso nós já fizemos no passado, porque não tínhamos experiência profissional. Mas a duras penas, aprendemos. Temos que chamar os profissionais, chamar as empresas [fornecedoras], para desenvolvermos o melhor trabalho possível."

Outros pontos como: a criação de uma cultura de fazer projetos e de profissionalizar a venda desses projetos aos consumidores finais, como um produto, também foram abordados. E sobre esse último ponto, questiona: "Tudo bem, nós já fazemos projetos. Mas e os clientes? Eles sabem que isso existe? Como a gente mostra pra eles que isso é importante? Ou seja, precisamos ter um plano de negócio pra isso. Colocar o projeto na frente."

Esses e outros pontos, estarão nos próximos artigos desta série... Não perca!

Impacto econômico da COVID-19 em edifícios inteligentes

A CABA (Continental Automated Building Association) publicou um estudo denominado "Intelligent Buildings and the Covid-19" com uma análise ampla dos impactos causados pela pandemia e as projeções atualizadas para o setor de automação predial.

A seguir, apresentamos um breve resumo das conclusões da primeira parte do relatório já publicado:

No decorrer de 2020, a indústria de edifícios inteligentes testemunhou uma tendência decrescente em alguns dos principais segmentos, incluindo equipamentos e controles de iluminação, aquecimento, ventilação e ar condicionado, controles de automação predial e gerenciamento de instalações. 

No entanto, existem algumas conclusões positivas de segmentos de serviços de software, como os de iluminação digital, sistemas de gerenciamento de energia de edifícios, soluções de construção orientadas por inteligência artificial (IA), modelagem de informações de construção e serviços digitais especializados, devido à demanda contínua por estes recursos em segmentos de infraestrutura crítica e com modelo de pagamento recorrente. 

O software utilizados em segmentos de serviços são definidos para desempenhar um papel crítico no fornecimento de insights baseados em dados para gerenciar as instalações  - não apenas para a otimização do desempenho do edifício, mas também para avaliar, monitorar e manter a saúde e o bem-estar dos ocupantes. 

As empresas de gestão de propriedades começaram a implementar e testar a eficácia de algumas das principais soluções baseadas em tecnologia em edifícios comerciais para medidas de mitigação pós-bloqueio.

Se desejar receber o relatorio original em PDF (em ingles) basta solicitar pelo e-mail contato@aureside.org.br mencionando no assunto "Relatório CABA"

A instalação de sistemas de automação conectados em edificios segue em elevado crescimento

Fonte: www.smartcitiesworld.net 

A empresa analista de IoT Berg Insight disse que há uma nova urgência no mercado devido a fatores como conservação de energia e prioridade para construção verde. 

A base instalada de sistemas de automação predial conectados na Europa e América do Norte está prevista para exceder 34 milhões até 2024, conforme novas pesquisas divulgadas.

De acordo com a empresa analista de IoT Berg Insight, isso representa uma taxa composta de crescimento (CAGR) de 11,0 por cento. Cerca de 3,2 milhões de sistemas de edifícios conectados foram instalados nas duas regiões em 2019 para atingir um total estimado de 20,5 milhões de sistemas em 2019. Isso inclui sistemas de edifícios que estão conectados à internet e podem enviar dados para uma plataforma de back-office.

Automação predial

Ao mesmo tempo, o mercado de automação de edifícios na Europa e na América do Norte gerou receitas de cerca de € 29,5 bilhões em 2019. O analista espera que o mercado cresça a um CAGR de 10,4 por cento para € 48,4 bilhões em 2024. 

Os sistemas de automação predial incluem uma ampla gama de soluções para controlar, monitorar e automatizar funções em edifícios como escritórios comerciais, lojas de varejo, hotéis, escolas, hospitais e edifícios industriais.


No relatório, os sistemas de automação predial são agrupados em seis categorias principais: HVAC e gerenciamento de energia; iluminação e controle de fachada; proteção contra incêndio, proteção e controle de acesso; gerenciamento de elevador e escada rolante; áudio, vídeo e entretenimento; e gestão da água.

A automação predial já existe há muitas décadas, mas Berg Insight relata que há uma nova urgência devido a fatores como a conservação de energia, bem como obrigações para construção verde. IoT, computação em nuvem, análise de dados, aprendizado profundo, inteligência artificial (IA) e outras novas tecnologias permitem que os proprietários de edifícios possam medir e conservar energia com facilidade.

“Novas soluções baseadas em sensores que fornecem dados em tempo real sobre o clima interno, ocupação do local de trabalho e utilização do espaço realmente ganharam força durante os últimos anos"

Essas tecnologias também ajudam a reduzir despesas operacionais, atendem a regulamentações globais rigorosas e padrões de sustentabilidade, além de aumentar o conforto de ocupação.

Os sistemas de automação predial também podem ajudar a aumentar a produtividade do local de trabalho e otimizar o espaço do escritório, o que, por sua vez, corta custos e aumenta as receitas das empresas. Os dados gerados a partir dessas soluções também podem ser usados ​​para reduzir a disseminação de vírus e outras doenças dentro de edifícios, cada vez mais importante desde o surto da Covid-19.

“Novas soluções baseadas em sensores que fornecem dados em tempo real sobre clima interno, ocupação do local de trabalho e utilização do espaço realmente ganharam força durante os últimos anos”, disse Martin Backman, analista sênior da Berg Insight.

Ele continuou: “Os fornecedores de aplicativos de ocupação e utilização do espaço agora comercializam seus serviços como uma ferramenta para ajudar os trabalhadores a retornar ao trabalho com segurança”.

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