Publicado no
em 9 de novembro de 2025
O setor hoteleiro brasileiro vive um momento histórico: as diárias estão no maior patamar já registrado, com tendência de alta, e o nível de ocupação também beira recordes. A situação financeira dos hotéis atingiu um ponto saudável e não deve se alterar tão cedo, uma vez que o crescimento da demanda se descolou da oferta. Nesse ambiente fértil, investidores em busca de oportunidades foram às compras, num momento inédito de fusões e aquisições no setor. “Em 40 anos que acompanho a indústria, nunca vi tanta transação hoteleira como agora”, afirma Ricardo Mader, diretor da JLL. A consultoria já assessorou quatro vendas de hotéis neste ano e tem mais três engatilhadas. “Nunca aconteceu nesse volume”, acrescenta
Perspectiva é positiva até 2030
Um dos atrativos adicionais para os negócios, diz Mader, é a
projeção de pelo menos mais quatro bons anos, em razão de um desequilíbrio no
mercado: aumento da procura e ausência de novos projetos. “Nossa previsão
otimista é de que até 2030 a oferta vai crescer 1%. Já a demanda vai crescer
mais, acima do PIB”, diz Mader. Perspectiva é positiva até 2030
Setor melhorou saúde financeira
Dados da JLL mostram que em
2024 a diária média estava em R$ 476,7, a maior desde 2004. A ocupação também
vem avançando, para 61,1% em média, depois do baque da pandemia. O recorde é de
2011, com 69,5%. O indicador de margem (GOP, na sigla em inglês) está em 44,7%,
nível também recorde da série, segundo a JLL
SUSTENTÁVEL. A previsão é que todas as métricas sigam
crescendo pelo menos até o final da década. O bom momento do setor é uma
realidade em todo o mundo, mas o Brasil é destaque nas redes internacionais.
“Hotéis brasileiros estão na top performance global”, diz Mader.
BOLSO. O quadro está movimentando investidores de peso. O
BTG foi protagonista de uma das maiores operações na área: a compra de 18
hotéis da Accor, por quase R$ 2 bilhões, no fim de 2024. Entre os ativos estão
o cinco-estrelas Fairmont, no Rio, e unidades Ibis e Novotel. A Brookfield,
outra investidora de bolso robusto, indicou à Coluna interesse em ingressar no
segmento no Brasil. A gestora canadense tem 170 hotéis pelo mundo
NEGÓCIOS. Há também movimentação entre as incorporadoras.
A Even concluiu em maio a venda do Hotel Faena, por R$ 419 milhões. O comprador
não foi informado. No mesmo mês, a gestora HSI arrematou o icônico JW Marriott
SP, por mais de R$ 300 milhões. Dois meses antes, havia adquirido o
InterContinental São Paulo, por R$ 150 milhões.
AQUECIDO. Ainda no primeiro semestre, a HBR Realty,
ligada à Helbor, vendeu o Hilton Garden Inn, na Avenida Rebouças, em São Paulo,
para a CVpar, do Nordeste, por R$ 110 milhões, como parte de um plano de venda
de ativos. “Os investidores estão vendo uma oportunidade”, diz Mader.
NO SETOR. Já o grupo
hoteleiro Nacional Inn, quinto maior em número de quartos, também foi às
compras no período e agora já soma mais de 80 empreendimentos pelo País.
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No contexto deste artigo, convidamos para conhecer o
Programa de Retrofit Tecnológico de Hotéis, lançado pela ABIH
(Associação Brasileira da Indústria de Hotéis.
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