Conheça 30 novas profissões que vão surgir com a Indústria 4.0

Este é o titulo de um estudo divulgado recentemente pelo SENAI.

Abaixo, um resumo que preparamos e alguns dos destaques que incluem profissões ligadas ao mercado de Automação Predial

Introdução
"O mercado de trabalho vai se transformar diante da 4ª Revolução Industrial. Novas profissões como engenheiro de cibersegurança, técnico em informação e automação, mecânico de veículos híbridos e projetista para tecnologias 3D devem surgir e se consolidar no mercado nos próximos cinco a dez anos, de acordo com trabalho realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI).

A previsão é que surjam 30 novas ocupações em oito áreas que devem sofrer o maior impacto da chamada Indústria 4.0, termo utilizado para a integração do mundo físico e virtual por meio de tecnologias digitais, como Internet das Coisas, big data e inteligência artificial."


Setores destacados

  • Automotivo
  • Tecnologia da Automação e Comunicação
  • Alimentos e Bebidas
  • Máquinas e Ferramentas
  • Qupimica e Petroquímica
  • Textil e Vestuário
  • Petrleo e Gás`
E os destaque do setor de Construção Civil estão na imagem abaixo

A íntegra do artigo pode ser vista aqui

Automação Residencial e Predial: A busca da qualificação para equipes da Construção Civil


Autor: Eng. José Roberto Muratori
Publicado na revista Lumiere Electric 242 - julho 2018

Durante os últimos anos temos refletido e promovido debates sobre a qualificação de profissionais para atuar em projetos e instalações de Automação Residencial e Predial. E notamos que sensíveis progressos têm acontecido, envolvendo a participação direta de fabricantes, distribuidores, escolas técnicas, imprensa especializada e entidades do setor, como a AURESIDE. A capacitação, e mesmo a certificação, destes profissionais já atingem patamares satisfatórios quando levamos em conta principalmente aspectos técnicos ligados à instalação,  programação e manutenção dos sistemas de automação para edificações em geral.


No entanto, ainda vivemos um grande impasse quanto ao entendimento e a assimilação destes projetos no âmbito da construção civil propriamente dita, ou seja, agentes como engenheiros civis, mestres de obras, arquitetos, empresas de instalações, gestores condominiais entre outros.

Visitando canteiros de obras notamos que até mesmo a interpretação destes projetos mais complexos é difícil e pouco compreendida por estes agentes. Os projetos de automação, principalmente aqueles que por sua natureza integram diferentes disciplinas são muitas vezes objeto de discussões carentes de metodologia e entendimento amplo. O cenário pode se tornar ainda mais desfavorável quando envolve fornecedores que pretendem forçar a adoção de suas soluções em detrimento da eficiência geral que se busca. Alguns dos setores mais reticentes são os de elevadores, ar condicionado e sistemas de prevenção e combate a incêndios. Existem justificativas até aceitáveis nas limitações por vezes impostas por estes agentes em função da necessidade de atendimento de normas ou padrões já estabelecidos. Mas, atualmente com a integração bem planejada dos projetos das diversas disciplinas é possível obter o máximo de desempenho com um mínimo de interferências ou redundâncias e os custos adicionais que possam causar no orçamento da obra.

Porém temos um agravante: os próprios contratantes destes serviços (ou seja, as equipes constituídas pelos incorporadores ou construtores para gerenciar as suas obras) carecem de conhecimentos básicos para poderem exigir dos fornecedores este tipo de comportamento. Raramente o contratante conhece em detalhes o que está sendo adquirido e, principalmente, quais os parâmetros de desempenho que devem solicitar. Assim, entendemos que é urgente tratar desta questão, ou seja, como podemos capacitar equipes técnicas ligadas á construção civil para obter estes conhecimentos e tornar estas ações rotineiras dentro do planejamento das edificações e, em seguida, nos canteiros de obras?

Trata-se de um desafio considerável, se levamos em conta a composição das 
forças atualmente existentes. Em algumas áreas ligadas aos sistemas de tecnologias para edificações temos uma presença muito forte dos próprios fornecedores. Em situações pouco competitivas,  surgem iniciativas de determinados fornecedores cujo caráter mercadológico e promocional se sobrepõe ao técnico. Este tipo de atividade não se traduz propriamente num treinamento, mas sim num esforço dirigido para promover determinada marca ou tecnologia em detrimento da concorrência. É comum observarmos o surgimento de “quase oligopólios” que se fazem presentes nas obras mais por estratégias comerciais do que propriamente para atender requisitos  pré-estabelecidos em projeto.

Portanto, faltam programas de capacitação isentos, focados mais na área de conhecimento conceitual e técnico do que na natureza de produtos e soluções específicas ligadas a marcas comerciais. O volume de investimento destinado aos projetos de construção civil é muito significativo para um volume tão pequeno de gastos com treinamento e capacitação de pessoal. Nem sempre um projeto bem detalhado e especificado é concluído como foi planejado pelos seus criadores, o que provoca gastos desnecessários durante a obra e, mais grave ainda, pode comprometer o uso e a operação da edificação no seu dia a dia.
A utilização de consultores e equipes de comissionamento pode resolver parte do problema mas entendemos que, além disso, os contratantes de sistemas e serviços ligados à tecnologia nas edificações, tais como automação, segurança eletrônica, telecomunicações, sonorização e outros correlatos devem se preparar adequadamente para vencer este desafio de capacitação rapidamente e passar a exigir dos contratados um maior rigor no atendimento das especificações em seus projetos.