Embora ainda exista muito
desconhecimento pelos moradores com relação aos benefícios da automação
residencial, não é justificável que profissionais, entre eles projetistas e
integradores, tenham descaso pela atividade de projeto nesta modalidade
- internet de banda larga
- TV por assinatura
- sistema de áudio & vídeo
(mesmo que simples)
- iluminação com maior numero de
acionamentos, em função do aumento das zonas de iluminação implantadas para
melhorar a ambientação e a economia de energia
- câmeras de segurança ou de
conforto
- alarmes ligados á uma central
de monitoramento
- eletrodomésticos conectados à
rede
E assim por diante...
Estes itens listados acima fazem
parte cada vez com maior frequência do elenco de sistemas que despontam no
preferencia dos moradores. No entanto devemos encarar o fato que raramente a
casa foi projetada para abriga-los de forma simples e sem a necessidade de intervenções
na parte civil, o que sempre ocasiona custos e desgastes desnecessários aos
seus moradores.
Então o que falta?
È necessário desenvolver em todo
o grupo de profissionais que atua numa nova construção a percepção que é
necessário se antecipar a estes requisitos e planejar devidamente a sua
inclusão na infraestrutura do projeto de instalações que está se desenhando.
Mas, o que então deve acontecer
quando esta situação for levada aos futuros moradores, seja pelo arquiteto ou
pelo construtor? Normalmente não são estes profissionais que poderão
desenvolver um projeto detalhado e então o projetista de instalações é convocado.
No entanto, a maioria destes
projetistas também não incluiu ainda estas novas demandas em sua atividades
rotineiras... e novamente podemos gerar um impasse e, pior do que isto, um
projeto defasado tecnologicamente.
Mas, afinal, do que trata um
“projeto integrado de automação residencial”?
Temos basicamente quatro
disciplinas que devem ser obrigatoriamente incluídas neste projeto, a saber:
- A automação propriamente dita, que normalmente provoca alterações no projeto elétrico convencional – neste caso, estamos abrangendo itens como controle de iluminação, cortinas e venezianas motorizadas, climatização, irrigação automatizada, abertura de portas, bombas, filtros de piscina e outros equipamentos sempre conectados à rede elétrica para seu funcionamento
- O sistema de telecomunicações da casa, que inclui dados (redes, acesso à Internet), voz (telefonia, interfonia) e TV (antena ou por assinatura)
- O sistema de segurança eletrônica, composto de alarmes (de todo tipo), controle de acesso e circuito fechado de TV (câmeras de vigilância)
- O sistema de áudio & vídeo, que compreende não somente a sala de TV (Home Theater) mas toda distribuição de som ambiente também
Como podemos imaginar, alguns
dos “espaços técnicos” criados numa residência devem abrigar parte destes
equipamentos, sejam eles de automação, de conectividade, de segurança ou de som
e imagem. Para que não se crie uma dispersão confusa pela casa, inviabilizando
uma operação e manutenção mais simples, um estudo prévio destes espaços deve
ser feita, levando em conta inclusive a necessidade do trafego de cabeamento e
demais recursos empregados nestes sistemas.
Somente um planejamento
interdisciplinar (ou seja, envolvendo o projetistas destas instalações, o
arquiteto, demais profissionais da obra e também o morador) poderá chegar a uma
solução otimizada e que garanta um uso eficiente da moradia no futuro
Mas ainda estamos longe deste
consenso na maioria dos projetos atuais...
Qual seria então a solução?
Em nosso ponto de vista, temos
duas situações possíveis e ambas serão satisfatórias:
- O projetista de instalações elétricas se atualizar profissionalmente e passa a incluir em seu portfolio o fornecimento de um projeto de automação integrado, com nível suficiente de informação para permitir que o futuro morador escolha seus fornecedores na época certa e que já tenha em sua obra toda a infraestrutura que ele pediu ao projetista devidamente considerada e prevista
- Que nesta fase inicial do projeto seja convocado para fazer parte da equipe um integrador de sistemas residenciais. Este profissional pode atuar positivamente no projeto desde a sua concepção e, opcionalmente, até o final da obra, fornecendo os equipamentos, fazendo a sua instalação e programação
Basta isso?
Como dissemos, ambas situações
acima podem atender bem esta demanda. Mas ainda não são suficientes...
Tanto o projetista de
instalações como o integrador devem se envolver mais do que estão acostumados
atualmente. Explicando: um projeto integrado desta natureza exige uma postura
proativa dos envolvidos.
Em primeiro lugar porque não são
projeto que já tenham um amplo conhecimento de quem executa as instalações na
obra. Portanto é preciso um cuidado maior ao transmitir as informações do
projeto executivo para estes profissionais e, na sequencia, acompanhar e
conferir se o que foi feito atende o projeto enviado. Esta, infelizmente, não é
ainda uma prática recorrente e muitos projetistas ignoram se o seu projeto foi
fielmente executado. Assim, nada garante que o instalados dos sistemas
futuramente vai encontrar a infraestrutura adequada
Muitas vezes existe a
necessidade de ajustes e melhorias no projeto decorrentes de situações da obra
ou até de escolhas tardias do cliente ou de seu arquiteto. Então é necessário
(novamente) se manter atualizado e inserir estas modificações no projeto a
tempo de documentar o seu histórico
No caso do integrador de
sistemas, notamos que algumas vezes este dá mais importância à instalação e
programação dos sistemas do que à sua documentação. O que é um erro, pois uma
boa documentação tem inúmeras vantagens, entre as quais podemos enumerar:
- facilita a atualização e
expansão futura dos sistemas instalados inicialmente
- torna mais simples e práticas
as eventuais reprogramações solicitadas pelo morador
- cria uma espécie de “manual do
usuário” ajudando o morador e entender o funcionamento de tudo e recorrer ao
integrador somente quando estritamente necessário
- permite ao morador repassar
informações corretas a outros prestadores de serviços e até mesmo, em caso de
venda do imóvel, para outro proprietário
Como começar certo?
Aos profissionais que desejam se
especializar nesta nova modalidade de projeto sugerimos que estudem as diversas
possibilidades de treinamento hoje existentes. Infelizmente não é uma
disciplina que conste nos currículos das faculdades, portanto as ofertas de
cursos são localizadas em entidades de classe, algumas iniciativas privadas e
nos fabricantes dos sistemas. Este últimos estão mais focados em mostrar como
se especifica, instala e programa os produtos ou soluções que eles vendem. De
toda forma, já existem alguns treinamentos importantes e que podem dar uma base
suficiente para que o profissional passe a agregar esta atividade em seu
portfolio
(Neste ponto sugerimos conhecer o curso online da AURESIDE "Passo a Passo de um Projeto Integrado de Automação Residencial")
Sugerimos também que pesquisem e
criem o seu próprio “check list” de projeto, ou seja, listar todas as
possibilidades que existem hoje de implantação de sistemas residenciais e
levem aos seus futuros clientes na fase de levantamento e diagnostico de
projeto. Assim, o futuro morador será informado sobre estas possibilidades,
fará suas escolhas e não poderá alegar futuramente desconhecimento ou penalizar
seu projetista por qualquer tipo de omissão
(Neste ponto sugerimos conhecer o curso online da AURESIDE "Passo a Passo de um Projeto Integrado de Automação Residencial")
Com estas considerações,
entendemos que começaremos a trilhar um novo caminho onde atingiremos um
patamar de inovação em nossos projetos de instalações residenciais. Aqueles
que puderem aderir a esta sistemática com certeza sairão ganhando em sua
imagem profissional e serão considerados entre clientes e formadores de opinião
como inovadores e perfeitamente “antenados” com as tecnologias hoje
disponíveis.
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