Segundo o
documento, a ficha digital passa a ser obrigatória no início de 2026, exigindo
integração plena com sistemas de gestão hoteleira (PMS) e autenticidade via
plataformas governamentais.
Digitalização como vetor de modernização de
infraestrutura
A
substituição definitiva do processo em papel por um modelo digital — incluindo
pré-check-in via QR Code ou link, automatização do registro, comunicação direta
com sistemas do governo e integração nativa com PMS — cria uma demanda imediata
por:
- Sistemas compatíveis com
APIs governamentais, com autenticação segura e armazenamento estruturado.
- Infraestrutura de rede mais
robusta,
com redundância e Wi-Fi de alto desempenho.
- Servidores locais ou
soluções em nuvem capazes de garantir disponibilidade, latência mínima e conformidade
com requisitos legais.
Essa
necessidade atua como gatilho para que hotéis iniciem retrofit de seus
sistemas de TI, substituindo equipamentos obsoletos, padronizando redes e
atualizando seus backbones digitais.
Integração operacional e automação predial
A
portaria também define novas rotinas operacionais — como a exigência de que a
limpeza seja concluída em até três horas após a saída do hóspede — o que
intensifica a busca por tecnologias de suporte à gestão hoteleira.
Nesse
cenário, soluções de retrofit altamente relevantes incluem:
1) Controle de acesso inteligente
- Fechaduras integradas ao
PMS, liberadas automaticamente após a conclusão do check-in digital.
- Monitoramento em tempo real
da ocupação e status dos quartos.
2) Automação da governança e limpeza
- Aplicativos internos para
monitorar e comprovar cumprimento dos prazos de arrumação.
- Sensores IoT que indicam
presença, liberação do quarto ou necessidade de manutenção.
3) Monitoramento e eficiência energética
- Controle automatizado de
iluminação, climatização e cargas, reduzindo consumo em quartos vagos.
- Integração com sistemas de
gestão energética (EMS), que ganham valor ao se combinar com dados de
ocupação fornecidos pela ficha digital.
Sinergia entre dados governamentais e inteligência
operacional
A nova
ficha digital tem como promessa gerar estatísticas em tempo real, além
de padronizar dados de ocupação em nível nacional.
Para os hotéis, isso cria oportunidades importantes:
- Previsões mais precisas de
demanda,
gerando estratégias de preços e ocupação mais eficientes.
- Gestão proativa de equipe, adequando mão de obra às
curvas reais de check-in e check-out.
- Melhor dimensionamento
energético,
com impacto direto em custos operacionais.
Esses
ganhos dependem diretamente da qualificação da infraestrutura digital, o
que reforça a necessidade de retrofit tecnológico.
Padronização que incentiva atualização de sistemas
legados
Com
regras mais claras e obrigatórias, hotéis com sistemas fragmentados ou
desatualizados inevitavelmente precisarão:
- Revisar seus PMS,
garantindo compatibilidade com a Ficha Nacional.
- Substituir equipamentos que
não atendem padrões mínimos de segurança cibernética.
- Reestruturar fluxos internos
para operar em um ambiente 100% digital.
A
portaria, portanto, funciona como uma espécie de “empurrão regulatório” que
remove o adiamento histórico de atualizações tecnológicas no setor.
Impactos
diretos no retrofit físico-tecnológico
Além dos
sistemas, a nova realidade exige:
- Ampliação de quadros de
dados, switches e cabeamentos estruturados.
- Expansão da cobertura Wi-Fi
em áreas de circulação e quartos.
- Instalação de totens ou
estações de autoatendimento para check-in digital quando desejável.
- Revisão de sistemas de CCTV,
controle de acesso e monitoramento ambiental para integrarem-se à
plataforma central.
Isso
significa que projetos de retrofit passarão a ser mais abrangentes, combinando infraestrutura
física, automação predial e sistemas de TI.
Mudança no padrão de competitividade do setor
Como a
medida é nacional, hotéis que se estruturarem tecnicamente de forma mais
eficiente terão vantagens competitivas imediatas:
- Check-in mais rápido, reduzindo filas e
aumentando a satisfação do hóspede.
- Operação mais transparente, alinhada à nova
padronização nacional.
- Menor custo operacional, principalmente em energia
e tempo de equipe.
- Melhor posicionamento
perante auditorias e classificações de qualidade.
A
tendência é que, com o amadurecimento da ficha digital, surjam novos serviços
conectados — desde controle de acessos governamentais até integração com
plataformas de eventos e turismo.
Conclusão
A nova
portaria do Ministério do Turismo não apenas moderniza o processo de registro:
ela reposiciona todo o setor hoteleiro para um novo patamar tecnológico.
Ao tornar obrigatória a integração com plataformas digitais governamentais,
reorganizar rotinas operacionais e criar métricas padronizadas, a norma
incentiva fortemente projetos de retrofit tecnológico, abrangendo desde
infraestrutura de rede e automação predial até modernização do PMS e dos
sistemas de controle.
Hotéis
que aproveitarem esse momento para modernizar sua operação estarão mais
preparados para um cenário competitivo onde eficiência, conectividade e
dados serão elementos centrais da hospitalidade contemporânea.

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